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terça-feira, 5 de abril de 2011

Um sonho


O vazio ás vezes corrompe meus pensamentos e me engole por inteira, será preenchido um dia? Devia ser lei que sim! E eu gostaria que fosse, porém todo carnaval tem seu fim, e seu início também, mas o equívoco é o que acontece entre o meio e o fim, o que não volta e se perde no rio da vida, onde as águas levam cada dia que passa e não é como o mar que talvez traga de volta, somos como o rio, os sentimentos começam pequenos brotando de uma nascente em uma terra fértil e correm para o grande rio e tornando assim imenso, o ser humano.
É um dom entender os sentimentos e os pensamentos e enquanto isso não acontece vou vivendo, se é certo ou não eu não sei, só sei que poderia estar um pouquinho melhor...
É como ela diz:
“E  tudo que tudo como um todo permaneça
No centro de tua alma
E que a calma acalma
E que a calma traga o sono
No sono, no sonho, o infinito de ser feliz...”
(Seus Anjos – Roberta Campos)

Eu espero


E do alto observo a leveza do vôo dos pássaros, tão puro! Tão solto!
Espero pousarem na minha janela com um bilhete no bico, recado do meu amor que longe está, pra lá das montanhas.
- Foi um longo vôo não? – perguntei a pequena ave, que respondeu-me com um afago na bochecha.
Mas de onde vens ao certo? Não sei e nem sei se quero saber, me contento com o simples fato da sua feliz existência e com os traços de suas doces palavras no papel.

Caixinha de surpresas


Dias chuvosos são melancólicos, nublados e com noites regadas de blues, cigarro e cerveja. Quando o saxofone canta toda a sua amargura, é como se sugasse o nosso drama e nos aliviasse.
Deito no colchão do meu quarto escuro, coloco o vinil tocar e me transporto para um barzinho no Broklin, luzes baixas,  pessoas curtindo a música e deixando seus sentimentos aflorarem a cada nota chorada da guitarra.
Unhas escuras, batons vermelhos e vozes arrastadas, olhos fechados, respiração calma e aí estamos cada um em sua caixinha, com seus pensamentos e suas alegrias individuais, um momento tão íntimo e ao mesmo tempo tão exposto, todos embalados pela mesma música porém com interpretações à sua maneira.
E assim pego no sono ao som da voz aguçada de Albert King...