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domingo, 20 de fevereiro de 2011

A Janela

Eu queria uma janela, mas não uma simples janela, ela teria de ser amarela clara e com um pequeno jardim de frutas, que me levasse para vários mundos, serenos e floridos, com correntezas fortes ou águas calmas.
Mundos onde a brisa toca no rosto leve como um carinho do vento e doce como o frescor da hortelã, que me levasse onde eu pudesse pisar descalça na grama sem pedras e nem espinhos.
Queria pessoas com unhas verdes e roupas largas e coloridas, voando em dragões lilás, alaranjados, vermelhos e cintilantes ao luar e a luz do sol.
Muitas nuvens soltas, livres!
Mas para abrir essa janela eu teria um lápis mágico que só funcionaria se eu precisasse da janela, só quando minha mente e meu espírito necessitassem estar só, em meio ao silêncio.
Coragem não me faltaria de saltar por ela, talvez me faltaria a simplicidade e um coração doce como chocolate e cheiroso como a goiaba é em dias de outono.
Árvores de plumas verdes e pássaros com escamas aconchegados em seus ninhos dentro de maçãs... Assim seria perfeito.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Todo dia hoje em dia

Um dia eu vi um chapéu brilhante como uma estrela florescida no jardim do céu, com duendes e fadas que transformam blusas verdes em jacarés banguelas. Mas é frio como o gelo dentro da casa de um esquimó.
Do lado tinha uma máscara tão colorida que as cores pareciam dançar como música para os meus olhos, até o ventilador começar a ventar e desmanchar a dança que parecia tão real como uma unha de cobra, mas era tão irreal como um jabuti andando de bicicleta.
Na frente da loja eu via no vidro o reflexo do arco-íris desenhado no sabonete do outro lado da rua. Peguei uma colher e fui até a praia para contar os grãos de areia, menores que um dente de formiga, e que sorriam para o mar e para mim, peguei minha câmera no bolso e tirei uma foto, pois ninguém iria acreditar...