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terça-feira, 16 de agosto de 2011

Entre mim e eu


As vezes me sinto como um buraco. É, um buraco, fundo, que por mais enchido que seja nunca será um preenchido. Um lugar onde as informações ecoam.
É como se houvesse uma briga dentro de mim, como se o meu consciente quisesse saber quem ou o que é o meu inconsciente (se é que isso é possível).
Me julgo como uma pessoa chata, daquelas que nunca estão satisfeitas, que dão o maior amor do mundo e que não aceitam receber só a metade em troca, é como se eu quisesse a mim, porém tenho completa certeza de que eu não me agüentaria nem por 10 min, porque não sei quem eu sou e nem como faço para agradar a mim.
Será que o mistério acaba ao perceber que é preciso agradar aos outros para mim ser feliz?
Mas se eu criar muitas expectativas sobre mim e no final eu perceber que mim não era tudo aquilo descobrirei que ser feliz será mais difícil do que eu imaginava?
E agora? O que eu faço?

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Inverno e sentimento.


Hoje eu desejei que esse frio congelasse meu coração.
Você nunca está satisfeito, é como se eu precisasse mover o céu para você me notar.
Estou me cansando.
Sei que gosto de você mas temo que consiga trucidar esse sentimento que ainda me resta. Por que isso? Para que?
Veja! Você acabará com algo que outras pessoas morrem de desgosto por não ter. Não é tão mais difícil você alegrar alguém, talvez não seja simples e nem mais fácil do que magoar, só sei que vale bem mais a pena!
Isto é apenas um pedido.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Inverno


O vento batia e era como se a cada rajada ele levasse um pedaço de minha alma, uma tarde fria no Rio Grande.
Pra uma pessoa que gosta de frio o clima estava ideal para fazê-la sorrir, mas só estaria se o seu amor estivesse ao seu lado.
Já tinha esquecido do quão era bom viajar, e ao alcançar o destino percebi que estava em meio a muitas pessoas, digamos que, bem vividas.
O povo gaúcho tende a ser muito simpático, do tipo que puxa conversa e acaba revelando coisas incríveis sobre o passado. Costumo pensar nos vovôs  e nas vovós como livros, as histórias estão ali nos olhos marejados, nas mãos calejadas, e nos ossos fracos, castigados pelo tempo e pela  gravidade, e o inverno com essa magia toda e esse ar de mistério que o rodeia é momento ideal para colocar a lenha no fogão e sentar ao lado com um chocolate quente aquecendo as mãos geladas pelo vento e esquecer o mundo que corre do lado de fora da porta e abrindo os ouvidos estamos prontos para viajar por onde as palavras podem nos levar.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sentimento Proibido



Como diz um querido amigo meu, a melhor paixão  é sempre a próxima.
Concordo em partes, acredito que a melhor paixão é sempre a mais proibida.
Ah céus, porque? A maçã maledeta!
O desafio é o que aflora a libido no ser humano, o proibido que me invade o corpo e a mente, que irriga a minha pele e a torna rubra.
O prazer oculto do escondido, a paixão interdita.
Raios o parta desejo frondoso.
Porque teimas em cegar minha mente e iludir meu coração? Meu corpo, meu consciente? Porque es mal assim? O que ganhas com isso, senão um turbilhão de insanas emoções?
Estou farta desses enganos que me extasiam a cada dia e me fazem querer mais e mais tudo isso!
O desafio, a necessidade do poder que encanta meu ego.
Os olhares desviados que por mais sutis que sejam são percebidos, a intuição que aflora e a vontade de abraçar, sentir, beijar, tocar, mimar... E o não poder.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Um sonho


O vazio ás vezes corrompe meus pensamentos e me engole por inteira, será preenchido um dia? Devia ser lei que sim! E eu gostaria que fosse, porém todo carnaval tem seu fim, e seu início também, mas o equívoco é o que acontece entre o meio e o fim, o que não volta e se perde no rio da vida, onde as águas levam cada dia que passa e não é como o mar que talvez traga de volta, somos como o rio, os sentimentos começam pequenos brotando de uma nascente em uma terra fértil e correm para o grande rio e tornando assim imenso, o ser humano.
É um dom entender os sentimentos e os pensamentos e enquanto isso não acontece vou vivendo, se é certo ou não eu não sei, só sei que poderia estar um pouquinho melhor...
É como ela diz:
“E  tudo que tudo como um todo permaneça
No centro de tua alma
E que a calma acalma
E que a calma traga o sono
No sono, no sonho, o infinito de ser feliz...”
(Seus Anjos – Roberta Campos)

Eu espero


E do alto observo a leveza do vôo dos pássaros, tão puro! Tão solto!
Espero pousarem na minha janela com um bilhete no bico, recado do meu amor que longe está, pra lá das montanhas.
- Foi um longo vôo não? – perguntei a pequena ave, que respondeu-me com um afago na bochecha.
Mas de onde vens ao certo? Não sei e nem sei se quero saber, me contento com o simples fato da sua feliz existência e com os traços de suas doces palavras no papel.

Caixinha de surpresas


Dias chuvosos são melancólicos, nublados e com noites regadas de blues, cigarro e cerveja. Quando o saxofone canta toda a sua amargura, é como se sugasse o nosso drama e nos aliviasse.
Deito no colchão do meu quarto escuro, coloco o vinil tocar e me transporto para um barzinho no Broklin, luzes baixas,  pessoas curtindo a música e deixando seus sentimentos aflorarem a cada nota chorada da guitarra.
Unhas escuras, batons vermelhos e vozes arrastadas, olhos fechados, respiração calma e aí estamos cada um em sua caixinha, com seus pensamentos e suas alegrias individuais, um momento tão íntimo e ao mesmo tempo tão exposto, todos embalados pela mesma música porém com interpretações à sua maneira.
E assim pego no sono ao som da voz aguçada de Albert King...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

A Janela

Eu queria uma janela, mas não uma simples janela, ela teria de ser amarela clara e com um pequeno jardim de frutas, que me levasse para vários mundos, serenos e floridos, com correntezas fortes ou águas calmas.
Mundos onde a brisa toca no rosto leve como um carinho do vento e doce como o frescor da hortelã, que me levasse onde eu pudesse pisar descalça na grama sem pedras e nem espinhos.
Queria pessoas com unhas verdes e roupas largas e coloridas, voando em dragões lilás, alaranjados, vermelhos e cintilantes ao luar e a luz do sol.
Muitas nuvens soltas, livres!
Mas para abrir essa janela eu teria um lápis mágico que só funcionaria se eu precisasse da janela, só quando minha mente e meu espírito necessitassem estar só, em meio ao silêncio.
Coragem não me faltaria de saltar por ela, talvez me faltaria a simplicidade e um coração doce como chocolate e cheiroso como a goiaba é em dias de outono.
Árvores de plumas verdes e pássaros com escamas aconchegados em seus ninhos dentro de maçãs... Assim seria perfeito.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Todo dia hoje em dia

Um dia eu vi um chapéu brilhante como uma estrela florescida no jardim do céu, com duendes e fadas que transformam blusas verdes em jacarés banguelas. Mas é frio como o gelo dentro da casa de um esquimó.
Do lado tinha uma máscara tão colorida que as cores pareciam dançar como música para os meus olhos, até o ventilador começar a ventar e desmanchar a dança que parecia tão real como uma unha de cobra, mas era tão irreal como um jabuti andando de bicicleta.
Na frente da loja eu via no vidro o reflexo do arco-íris desenhado no sabonete do outro lado da rua. Peguei uma colher e fui até a praia para contar os grãos de areia, menores que um dente de formiga, e que sorriam para o mar e para mim, peguei minha câmera no bolso e tirei uma foto, pois ninguém iria acreditar...

sábado, 29 de janeiro de 2011

Em quatro partes se divide ao som da batida, a forma de flor se forma ao som da flauta e se distorce, agora andam de lado e surgem bolinhas coloridas que ligam uma as outras. Quadrados, círculos se distorcem, aumentam e diminuem ao som da natureza, ao uivo do lobo batidas sem ritmos, sem rumo, sem regras, sem paredes, sem portas, sem ar e sem mundo.
Lá se vai ela! A musica... Livre.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Sinta o Sol


Na verdade não importa oque sou, mas sim onde vivo, oque uso, oque escuto e oque falo, na verdade não importa oque sinto.
Sentir!
Cansei desse mundo aonde as pessoas não sentem! Dizem que vivem, mas não sentem... Porque viver é beber, é dançar, é exibir-se, é se empanturrar, é ter uma vida cheia de compromissos, é ter muitos compromissos!
Hoje a vida e o viver não é mais o cheiro das árvores, a terra molhada, dos perfumes doces, cítricos ou amadeirados, não é o cheiro das ervas, da hortelã*, do alecrim*. Hoje viver não é ver o sol nascer ou o sol se pôr, não é olhar a forma das nuvens, não é ver as formigas carregando seu alimento cinco vezes maior que elas próprias, não é ver os pássaros voarem, pousarem, dormirem...
Hoje viver não é sentir paz, amor, gratidão e felicidade.
Hoje as pessoas não são mais puras e simples, são racionais e têm dinheiro, não precisam do ar para sobreviver e sim do tal status social, do reconhecimento daquelas que nem tu conheces. Não quero ser assim, não quero que meus filhos sejam assim! Quero me ir deste mundo redondo e quero viver nas suas entrelinhas, em suas dimensões, coloridas, cheirosas, saborosas e sentimentais. Saudáveis!
Será que eu só sei reclamar?

Obs: da hortelã*, do alecrim* - Para quem leu o conto “Eu tenho um dragão que mora comigo - Caio Fernando Abreu”, e para quem não leu, não sabe oque esta perdendo!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Vivacidade

Somos vivos!!
Somos vivos...
Somos vivos?
Somos vivos.
Vivos?
Oque é vivo? Vi-vo... Não lhe soa estranho?

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Talvez...

Se o mundo girasse...
Talvez eu poderia voltar no tempo, talvez...
Apagar as injustiças? As tristezas? Assim ia ser melhor?
Talvez não...
Quem sabe poderíamos ser pior, ou melhor...
Talvez aproveitaríamos melhor a época com papai-noel, com as fadas e suas cores mágicas, com duendes marotos e resmungões. Talvez eles existissem, na nossa mente e no nosso coração. E talvez as pessoas puras e límpidas também existam, em nossas mentes e em nossos corações!
E cadê a língua nessa historia toda? A língua que mente, que tem vida, que suja nossa mente e o nosso coração!?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

E quanto à pretensão salarial?

Fui fazer uma entrevista essa semana em uma empresa interessantíssima, fiquei sabendo da vaga por meio de uma amiga, e lá me fui, levar meu currículo, cheguei e entreguei-o, alguns minutos depois recebi uma ligação de um número estranho que me comunicou o horário da entrevista no próximo dia pela manhã.
Meia hora de entrevista, que por incrível que pareça soou como se fossem cinco minutos, jovens é claro (uhuul), e como é palpável a diferença de você ser entrevistada por pessoas inovadoras, foi realmente interessantíssimo e me atiçou ainda mais conseguir esta vaga.
Papo vai e papo vem, chegamos ao tópico mais esperado pelas pessoas “normais”, que não me interessava tanto: A Pretensão Salarial. Olharam-me ansiosos para saber minha resposta e eu simplesmente mencionei que era o de menos (OQUÊ? Eu estaria mentindo? –Não!), sim um pouco de espanto não é? Pois é, sou realmente indiferente, deixo bem claro que a empresa era interessantíssima e eu realmente estava lá para aprender, mas infelizmente as pessoas não pensam e nem agem assim, esse é o problema de hoje em dia, tudo gira entorno do dinheiro!
-Ah eu terminei a faculdade e agora não aceito salário menos que R$ 1.000,00 (fato), então segue o meu conceito á respeito disso:
Estou no fim da minha faculdade, e confesso que não aprendi 100% do que meus professores passaram para nós, sabe por quê? Porque é impossível! Se isso acontecesse você não poderia nem piscar na aula! E aí que me pergunto, você exige um ótimo salário, mas se considera um ótimo profissional? E isso serve para quem tem o mesmo emprego a muito tempo, quando chegar um dia em que você pronunciar as palavras:
– Faz um ano que trabalho aqui e meu chefe não me dá aumento!
Repense, talvez o problema não seja o seu chefe e sim você! Uma tendência (infelizmente) muito forte do ser humano é a comodidade, se você sabe fazer a um ano a mesma coisa, mude! As pessoas só percebem o tamanho do nosso empenho nas mudanças, saia da famosa zona de conforto e reaja! Busque conhecimentos novos, desafios, e quem sabe assim você receba um aumento...

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

The first

Dizem que a primeira impressão é a que conta, então escolhi um dos mais novos textos meus, ele foi feito após eu ter ouvido uma notícia na TV...


Verde do Mal

E hoje, até as árvores estão revoltadas!
Caindo sobre nossos carros e derrubando nossos preciosos helicópteros, afinal como se atrevem??
Derrubar o meio por onde a informação, as notícias e as fofocas são conduzidas até nós, ou derrubar nossos queridos executivos, políticos e talvez bandidos, afinal como se atrevem??
Pois é, será essa a missão delas?
Estarem nesse mundo se passando por boa gente, convencendo-nos que são essenciais para nossas vidas, que transformam o nosso oxigênio, que nos dão frutos e sombras de graça, mas será que elas não são apenas pacientes e estão simplesmente esperando a hora de nos atacar??
Justo agora que as estamos defendendo com tanta garra e como nunca aconteceu! Será que percebemos seu valor tarde demais?
E isso lhe soa como bobagem? Pois pare e pense, se em um mundo aonde pisar na lua já é “careta” e que o auge é morar em Marte, uma luta com árvores seria impossível?
A própria idéia de existir é uma idéia humana, de seres que morrem!
A natureza é viva! É vida!
Tomem cuidado, pois a sua fúria é bem maior que a TPM de uma mulher...

Apresentação

Olá caros leitores! Bom... na verdade eu só resolvi fazer esse blog pois estou cansada de escrever textos sem sentidos e guardá-los apenas para mim... Então segue uma palhinha para todos que gostem desse mundo sem sentidos ou com sentidos demais...

Agradecida.